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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pelo Sangue de Jesus
Álvaro Tito

Quantas vezes tens chorado aos pés do Senhor
e agora prontamente Deus atende o teu clamor
eis que agora um anjo traz a benção pra você
e a vitoria você vai receber

pelo sangue de Jesus tu vais vencer
no sangue de Jesus tem poder
pelo sangue de Jesus comece a cantar
pelo sangue de Jesus deus vai operar.

Deus conhece o teu ser e jamais te esqueceu
lembras quando aflito estava e ele te socorreu
agora uma vez mais tu sentirás
o teu poder, pois lá do céu
sobre ti Ele vai descer.

pelo sangue de Jesus tu vais vencer
no sangue de Jesus tem poder
pelo sangue de Jesus comece a cantar
pelo sangue de Jesus deus vai operar.

Deus está olhando agora o teu coração
quer encher tua vida o teu ser de plena unção
agora todo mal que te aflige vai sair,
pois o poder de Deus está sobre ti.


 - Pelo sangue de Jesus que conseguimos vencer, dia após dia uma nova batalha se levanta e o senhor nos reveste com o seu puro sangue e assim conseguimos alcançar a graça do nosso Deus.
 - Como bem disse o apóstolo Paulo quando teve essa experincia "Assim já nao sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..
                                                     
Flavio

O Ateu Que Vive em Nós

        "Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé" (Mc 9.24)
        É mais simples explicar os fatos e acontecimentos extraordinários que nos sobrevêm como sendo obra do acaso, sorte, bons fluídos, esforço pessoal, ou destino, que admitir a ação de um Deus que intervém. O fator Deus não é agradável pra muita gente.
         É mais fácil ler as Escrituras como uma literatura qualquer, e ver suas histórias como quem visita um museu, distanciando-se delas, e não perceber que "eu" sou o cego e o paralítico que precisa desesperadamente de Deus.
         É mais cômodo agir como o rei Agripa, que após ouvir o apóstolo Paulo discorrer sobre a fé, respondeu-lhe tibiamente:
"por pouco me persuades a tornar cristão" (At 26.28), que ter a coragem de render-se ao Eterno. Até hoje, muitos ao serem confrontados com a genuína pregação do evangelho, é mais fácil responderem à manifestação do divino dentro do campo da estética ("foi bonito") ou da sensação ("fiquei arrepiado"), sem, entretanto, deixar-se tocar pela Presença do transcendente.
         Vida sem fé e sem compromisso com o Eterno é uma vida que privilegia apenas o efêmero, o temporal e as "coisas". Isso inevitavelmente levará a um sentimento de inquietação e vacuidade, mas em virtude dos mecanismos de defesa postos em ação, logo essa insatisfação será interpretada pela alma como necessidade de adquirir
"mais coisas".
         Há um ateu vivendo dentro de cada um de nós que precisa "entregar os pontos" e se converter Àquele que é. Não obstante, há um longo caminho para isso, e somente quem ousa habitar o mundo da fé consegue fazê-lo.
         Nossa alma é anárquica por natureza. Jesus veio por ordem no caos, da mesma forma que Deus ordenou a Terra que até então era
"sem forma e vazia", ou seja, caótica como a nossa vida. Não é fácil o caminho do cavaleiro da fé. Queremos desistir, Deus manda perseverar. Queremos retroceder, Jesus diz que não é digno de seu reino quem põe a mão no arado e olha para trás.         "Induzo o coração a guardar os teus decretos" (Sl 119.112), dizia o rei Davi. Ou seja, por ele mesmo não guardaria, a menos que tomasse o firme propósito de submeter-se ao Eterno. A vida parece ser menos penosa quando somos guiados apenas pelos instintos, posto que viver em bondade e santidade nos traz constante luta contra nossas tendências naturais.
         Sim, é difícil orar, e manter a atenção sem que imediatamente nos sobrevenham pensamentos "diversionistas". É difícil perseverar seguindo um Deus invisível numa época que se busca coisas palpáveis, e é penoso esperar pacientemente pelos céus, quando em cada esquina são oferecidas
"soluções" rápidas para os nossos problemas.
         Isaías dizia que o Eterno era um Deus abscôndito (escondido) e Salomão afirmava que a glória de Deus é
"encobrir" e a glória dos reis "esquadrinhar" (Pv 25.2). Mas agora Ele é fácil. Não é mais necessário buscá-lo, ou procurá-lo. Ele está exposto nas vitrines suplicando para ser pego. É óbvio que essa espécie de deus satisfaz plenamente ao coração descrente, agrada as multidões e não compromete. Que fique claro: trata-se não de Deus - mas de um simulacro.
         A superexposição desse
"deus" pelos meios de comunicação não leva ninguém à fé, mas sim à banalização do Sagrado. Não provoca mudanças na vida pessoal e muito menos na sociedade, a despeito de milhões segui-lo.
         O ateu que vive dentro de nós teme um encontro com o Eterno, pois isso desmontaria sua estrutura de vida. Então, é mais fácil buscar um arremedo do divino, pois no fundo sabe que ainda continua no comando.
        "Eu creio.... ajuda-me na minha falta de fé" (Mc 9.24), gritou profunda e sinceramente o pai de um menino endemoninhado, a quem Jesus havia dito que tudo é possível ao que crê. O filho estava enfermo, mas o pai também precisava ser curado do seu espírito de ceticismo e incredulidade. O cético e o incrédulo precisam ser libertos dos poderes da morte.
         A vida de fé sempre será penosa. Requer busca, entrega, consagração. Desconfie de todo
"deus" que é fácil crer, pois certamente trata-se de um impostor.
         A crença fácil acaba se tornando empecilho para a chegada da fé. A verdadeira fé ama a solidão do deserto. A verdadeira fé aceita ser estrangeira no mundo. A verdadeira fé mantém-se íntegra mesmo diante de decepções e perplexidades. E o ateu que vive dentro de nós precisa morrer
.
                                         

Autor: Pastor Daniel Rocha


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Criação

A Criação
“No princípio, criou Deus os céus e a terra." Gn 1.1

O DEUS DA CRIAÇÃO.
1) Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a Causa Primária de tudo o que existe.
Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2). Noutras palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela (ver 1Tm 6.16 nota; Cl 1.16).

2) Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (1.27; ver 1.26 nota). Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, podiam comunicar-se com Ele, e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e pessoal.

3) Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado. Ao terminar Deus a obra da criação, contemplou tudo o que fizera e observou que era “muito bom” (1.31). Posto que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não tinham pecado. O pecado entrou na existência humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm 5.12; Ap 12.9).

A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO.

1)
Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (1.1; Is 40.28; 42.5; 45.18; Mc 13.19; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2; Ap 10.6). O verbo “criar” (hb.“bara”) é usado exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram.

2)
A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava informe, vazia e coberta de trevas (1.2). Naquele tempo o universo não tinha a forma ordenada que tem agora. O mundo estava vazio, sem nenhum ser vivente e destituído do mínimo vestígio de luz. Passada essa etapa inicial, Deus criou a luz para dissipar as trevas (1.3-5), deu forma ao universo (1.6-13) e encheu a terra de seres viventes (1.20-28).
3)
O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: “E disse Deus...” (1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26). Noutras palavras, Deus falou e os céus e a terra passaram a existir. Antes da palavra criadora de Deus, eles não existiam (Sl 33.6,9; 148.5; Is 48.13; Rm 4.17; Hb 11.3).

4)
Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação.
a) O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem Deus criou todas as coisas. No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é revelado como a eterna Palavra de Deus (Jo 1.1). “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3).
Semelhantemente, o apóstolo Paulo afirma que por Cristo “foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis... tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1.16). Finalmente, o autor do Livro de Hebreus afirma enfaticamente que Deus fez o universo por meio do seu Filho (Hb 1.2).
b) Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na obra da criação. Ele é descrito como “pairando” (“se movia”) sobre a criação, preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus. A palavra hebraica traduzida por “Espírito” (ruah) também pode ser traduzida por “vento” e “fôlego”. Por isso, o salmista testifica do papel do Espírito, ao declarar: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito (ruah) da sua boca” (Sl 33.6). Além disso, o Espírito Santo continua a manter e sustentar a criação (Jó 33.4; Sl 104.30).

O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO.

Deus tinha razões específicas para criar o mundo.

1)
Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1; cf. 8.1). Ao olharmos a totalidade do cosmos criado — desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.
2)
Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza — e.g., o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves — rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12). Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos!

3)
Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos.
a) Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.
b) Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das conseqüências do pecado (ver 3.15 nota). Daí Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60.21; 61.1-3; Ef 1.11,12; 1Pe 2.9).
c) A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “...com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO.
A evolução é o ponto de vista predominante, proposto pela comunidade científica e educacional do mundo atual, em se tratando da origem da vida e do universo. Quem crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito da evolução.
1)
A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Tal intento começa com a pressuposição de que não existe nenhum Criador pessoal e divino que criou e formou o mundo; pelo contrário, tudo veio a existir mediante uma série de acontecimentos que decorreram por acaso, ao longo de bilhões de anos. Os postulantes da evolução alegam possuir dados científicos que apóiam a sua hipótese.
2)
O ensino evolucionista não é realmente científico. Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se em evidências incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo, para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das formas mais simples às mais complexas. Por conseguinte, a evolução é uma hipótese sem “evidência” científica, e somente quem crê em teorias humanas é que pode aceitá-la. A fé do povo de Deus, pelo contrário, firma-se no Senhor e na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do nada todas as coisas (Hb 11.3).


3) É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias espécies de seres viventes. Por exemplo: algumas variedades dentro de várias espécies estão se extinguindo; por outro lado, ocasionalmente vemos novas raças surgindo dentre algumas das espécies. Não há, porém, nenhuma evidência, nem sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apóiam a declaração da Bíblia, que Deus criou cada criatura vivente “conforme a sua espécie” (1.21,24,25).
 QUATRO PERGUNTAS PARA OS EVOLUCIONISTAS RESPONDEREM
1. De onde veio o espaço para o Universo e a matéria?
2. De onde vieram as leis do Universo - lei da gravidade, inércia etc.?
3. Quando, onde, por que e como a vida aprendeu a reproduzir-se?
4. Quando, onde, por que e como o homem desenvolveu sentimentos e pensamentos - amor, piedade, culpa etc? (estas capacidades jamais evoluiriam conforme a "teoria da evolução").

4)
Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria da chamada evolução teísta. Essa teoria aceita a maioria das conclusões da evolução naturalista; apenas acrescenta que Deus deu início ao processo evolutivo. Essa teoria nega a revelação bíblica que atribui a Deus um papel ativo em todos os aspectos da criação. Por exemplo, todos os verbos principais em Genesis 1 têm Deus como seu sujeito, a não ser em 1.12 (que cumpre o mandamento de Deus no v. 11) e a frase repetida “E foi a tarde e a manhã”. Deus não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o Criador ativo de todas as coisas (Cl 1.16).